quinta-feira, 19 de maio de 2011

Quase Sem Querer

Legião Urbana
Composição : Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha
"Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Sou tão tranqüilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito;
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto."



Há tempos atrás eu preocupava-me com o que as outras pessoas iriam pensar, o que elas iriam achar, se iriam gostar ou reprovar as minhas roupas, atitudes, palavras, sentimentos...vida. Mas hoje, como bem colocou o grande Renato Russo, “não sou mais tão criança” e nessa minha adolescência, vejo as coisas de modo diferente.
Não me preocupo com o que as pessoas pensam a meu respeito, o que irão achar de tudo o que faço. Tomo as atitudes na minha vida sem pensar se as pessoas vão gostar ou não. Respeito todos ao meu redor, aceito as diferenças e as criticas, mas não faço delas o foco das minhas decisões.
Existem certos comentários que depois de proferidos, devem ser esquecidos ou ignorados.
Mas isso é o que menos importa pra mim.
Se a crítica é construtiva, seguir ela é o que menos me custa. Já se for o contrário, ignorá-la é o melhor a fazer.
Os meus 21 anos de vida não passaram em branco. Com eles aprendi que não devo ou não tenho a obrigação de entender tudo o que ocorre na vida.
Sonhos imensos rondam meu pensamento... Tão grandes que nem eu sei se posso dar conta deles em meu coraçãozinho adolescente.
Percebi que muitas dores do coração humano não se expressam em lágrimas. Por vezes, o sofrimento está tão enraizado no intimo do ser de cada um que nem sequer consegue se manifestar por meio do choro.
O mesmo ocorre com a alegria, quando se habitua a senti-la, já nem se transparece mais.
Mas isso não vem ao caso agora, são só fugas do meu pensamento...
O fato é que muitas vezes as palavras são como devaneios que fogem do controle. Ou nossa pobre linguagem não dá conta de expressar o que se passa em nossa mente.
Palavras e palavras são ditas todos os dias, a todo momento do dia, em todo globo terrestre, por todos os seres humanos. Mas será que todas essas inúmeras frases poderão ser aproveitadas? O que realmente podemos filtrar de bom?
Será que conhecemos que vive ao nosso lado?
Ou apenas achamos que sim?
E por fim... Será que nos conhecemos?
Sem medo de errar eu diria que não.
Fácil é falar do outro, julgá-lo, apontá-lo, criticá-lo. Mas e a nós mesmos?
Nos julgamos?
Nos apontamos?
Nos criticamos?
Deveríamos.
Mas não fazemos. Simplesmente por que é mais cômodo. E iremos viver eternamente nesse comodismo desastrado e imaturo.
Até cair e sangrar.


 

2 comentários:

  1. Muito que bem guria, curti muito teu texto, está escrevendo tri bem. Vibrei lendo o texto. Continua se aprimorando para escrever cada vez melhor.
    Parabéns e continua vibrando!

    Artilharia! Mallet!

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  2. Valeu guri, tentarei fazer o melhor!!
    Apareça sempre que possivel por aqui... bjoo

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