Ela acorda como sempre cedo, antes que o sol se ponha.
Pensa, pensa e repensa e antes que o sol decida esquentar o mundo ela levanta da cama fria.
Precisa comer, mas não deseja isto.
Mesmo assim ela come, sem saber ao certo por que nem pra que.
Passa o dia no automático, liga e desliga o computador.
Tudo é igual, tudo é monótono.
A música que soa no rádio não é a mesma de seu pensamento que enlouquece em meio a tantas idéias avulsas.
Ela faz qualquer coisa torcendo incansavelmente para que o dia passe depressa.
Ela almoça, mas não aprecia a comida como deveria.
Enfim a hora de ir trabalhar chegou... Logo ela terá com o que se importar a não ser o óbvio.
Mas esse tempo se finda como todo o resto de seu tempo.
E ao entardecer ela retorna não somente ao seu quarto frio, mas aos seus pensamentos loucos.
E quando a noite chega, ela reza...
... Para que ela passe logo, logo, depressa.
Mas ela não passa.
Ela sufoca, ela tortura como uma navalha em meio a seu peito gelado.
E junto à neblina do céu, vêm então os pensamentos tão desconexos como nunca.
E depois de lembranças, de dores e aflições ela adormece.
Pois não há mais o que fazer a não ser dormir.
E pensar que amanhã será um novo dia.
E assim os dias se vão com seu Pai – tempo.
Um após o outro.
E assim as semanas.
E assim os meses.
E assim os anos.
E logo a vida.
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